domingo, 30 de junho de 2013

CADERNO PAMPA :: 29 DE JUNHO :: EDIÇÃO 290



EDUCAÇÃO


Não ceda à preguiça e, vamos para a escola 
Nos dias mais frios, a vontade de ficar na cama pode até ser grande, mas não maior que a disposição para o colégio

Sílvia destaca o exemplo da família como uma maneira de evitar que as crianças queiram fugir de seus compromissos

O despertador toca, é hora de ir para a escola. Do lado de fora dos cobertores, as temperaturas baixas tornam a cama ainda mais atrativa e, está formado o dilema: como não sucumbir a preguiça e levantar com disposição para ir à escola? A psicóloga Sílvia Vargas explica que um bom começo é encarar a escola como um compromisso e não como uma obrigação e, que os pais devem evidenciar que cumprir compromissos faz parte da rotina de todas as pessoas e que isso implica em ganhos reais, como conviver com o grupo, estar presente quando as coisas estão acontecendo, estar informado, qualificar o aprendizado e ter bons momentos com os colegas e amigos. Ainda, se mesmo assim, a preguiça apertar a dica da psicóloga é buscar formas lúdicas de agir contra o frio.
“Construir rituais como "brincar de aquecer a roupinha/uniforme" colocando-a embaixo do cobertor por um tempinho antes de vestir, por exemplo. Utilizar cantigas e músicas conhecidas, trocar seus versos ou letra por outros que brinquem com a situação, que motivem e sejam inspiradores. Ensinar a criança que "ela é muito mais forte que o frio, que ela é corajosa e valente" e que "esse friozinho de nada" não vai impedi-la de ir a escola que ela gosta tanto. Desafiar!! E mostrá-la capaz, vencedora!!”, ensina Sílvia.

Neste processo o exemplo dado pela família é fundamental. Se a criança vê os pais reclamando de ir ao trabalho ou a qualquer outro compromisso por conta do frio, tendem a repetir o gesto.
“Se, de outra forma, eu não reclamo ou fico exaltando o frio, cumpro com as minhas atividades cotidianas e nas minhas falas elas seguem sendo ditas como boas, importantes e prazerosas, independente do clima, a criança e mais tarde o adolescente, agirá assim. Ele cumprirá seus compromissos e aprenderá a encontrar até coisas boas nos dias de frio, nem que seja desenhar no vidro embaçado pela respiração... quem nunca fez isso??”, questiona.