quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL E QUE VENHA 2011!!






“Então é Natal
E Ano Novo Também
Que seja FELIZ
“Quem souber o que é o BEM”



E tiver o coração aberto,
                   E a mente aberta,
                                     E os braços abertos para a PAZ,
                                                                                   O AMOR,
                                                                E A FELICIDADE.
 



Para quem
Acreditar que merece,
Acreditar que pode,
Acreditar que acredita!
  

Que    venha 2011,                              
Repleto de saúde, sorte e sucesso!!
Para nós, todos nós.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Final de Ano Feliz



Encerro mais um ano FELIZ e colhendo os frutos do meu trabalho. "primeiro há que semear..." (adoro ditados e hinos!!) Sinto-me extremamente feliz e gratificada pelo reconhecimento da comunidade de Bagé e honrada em receber o Prêmio Vencedores na área da Saúde pelo segundo ano consecutivo (2009 e 2010), além do Prêmio Vitoriosas recebido em 2009.



Vencedores 2009

Vencedores 2010
 Em especial pela expressiva votação recebida neste ano o que demonstra o apreço e carinho das pessoas que entram em contato com o meu trabalho, direta ou indiretamente.

Trabalho muitas vezes anônimo, mas que muitas vezes contribui com resultados para que, de alguma forma haja neste final de ano um pouco mais de entendimento, compreensão, paz, tranquilidade, afeto, amor e felicidade em alguns lares, escolas, locais de trabalho e espaços diversos aqui na nossa região. 
Trabalho exercido de forma simples, buscando estabelecer vínculos sólidos através da empatia e sobretudo da honestidade e ética, com muito amor e dedicação a todas as pessoas.




Vitoriósas 2009

Complemento como já afirmei em outras situações, sou filha, sou mãe, sou mulher, mas acima de tudo, uma pessoa que acredita nas pessoas. E é uma dádiva maravilhosa poder acompanhar de perto o crescimento (em qualquer sentido) das pessoas com as quais tenho contato.
Assim como é uma benção ter as pessoas que amo próximas para dividir estes momentos. Este sim é o maior prêmio.

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Família é prato difícil de preparar" (de O Arroz de Palma de Francisco Azevedo)

(mais uma coloboração)
Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir
todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem,
devoção e paciência. Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferimos o
desconforto do estômago vazio. Vêm a
preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas a vida,
(azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e
abrir o apetite. O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e
os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer
companhia. Como saiu no álbum de retratos? O mais prático e objetivo? A mais sentimental? A mais prestativa? O que nunca quis nada com o trabalho? Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar. Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
 
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou
daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Meuni; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria. Família é afinidade, é a Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança.

Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro. Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

UTILIDADE PÚBLICA - CARTILHA BULLYING PROFESSORES E PROFISSIONAIS DA ESCOLA

1. O QUE É BULLYING?
O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que
se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Em última instância, significa dizer que, de forma “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.


2. QUAIS SÃO AS FORMAS DE BULLYING? NORMALMENTE, EXISTEM MAIS MENINOS OU MENINAS QUE COMETEM BULLYING?
As formas de bullying são:
• Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”)
• Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima)
 Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar)
• Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)
• Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas:
celulares, filmadoras, internet etc.)
Estudos revelam um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas. No entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis.

Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente doméstico.


3. EXISTE ALGUMA FORMA DE BULLYING QUE SEJA MAIS MALÉFICA?
O CIBERBULLYING É PIOR DO QUE O BULLYING TRADICIONAL?

Uma das formas mais agressivas de bullying, que ganha cada vez mais espaços sem fronteiras é o ciberbullying ou bullying virtual. Os ataques ocorrem por meio de ferramentas tecnológicas como celulares, filmadoras, máquinas fotográficas, internet e seus recursos (e-mails, sites de relacionamentos, vídeos). Além de a propagação das difamações ser praticamente instantânea o efeito multiplicador do sofrimento das vítimas é imensurável. O ciberbullying extrapola, em muito, os muros das escolas e expõe a vítima ao escárnio público. Os praticantes desse modo de perversidade também se valem do anonimato e, sem nenhum constrangimento, atingem a vítima da forma mais vil possível. Traumas e consequências advindos do bullying virtual são dramáticos.


4. QUAL O CRITÉRIO ADOTADO PELOS AGRESSORES PARA A ESCOLHA DA VÍTIMA?

Os bullies (agressores) escolhem os alunos que estão em franca desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até porque numericamente estão desfavoráveis. Além disso, as vítimas, de forma geral, já apresentam algo que destoa do grupo (são tímidas, introspectivas, nerds, muito magras; são de credo, raça ou orientação sexual diferente etc.). Este fato por si só já as torna pessoas com baixa autoestima e, portanto, são mais vulneráveis aos ofensores. Não há justificativas plausíveis para a escolha, mas certamente os alvos são aqueles que não conseguem fazer frente às agressões sofridas.


5. QUAIS AS PRINCIPAIS RAZÕES QUE LEVAM OS JOVENS A SEREM OS

AGRESSORES?

É muito importante que os responsáveis pelos processos educacionais identifiquem com qual tipo de agressor estão lidando, uma vez que existem motivações diferenciadas:
1. Muitos se comportam assim por uma nítida falta de limites em seus processos educacionais no contexto familiar.
2. Outros carecem de um modelo de educação que seja capaz de associar a autorrealização com atitudes socialmente produtivas e solidárias. Tais agressores procuram nas ações egoístas e maldosas um meio de adquirir poder e status, e reproduzem os modelos domésticos na sociedade.
3. Existem ainda aqueles que vivenciam dificuldades momentâneas, como a separação traumática dos pais, ausência de recursos financeiros, doenças na família etc. A violência praticada por esses jovens é um fato novo em seu modo de agir e, portanto, circunstancial.
4. E, por fim, nos deparamos com a minoria dos opressores, porém a mais perversa. Trata-se de crianças ou adolescentes que apresentam a transgressão como base estrutural de suas personalidades. Falta-lhes o sentimento essencial para o exercício do altruísmo: a empatia.


6. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE UMA VÍTIMA DE BULLYING PODE ENFRENTAR NA ESCOLA E AO LONGO DA VIDA?

As consequências são as mais variadas possíveis e dependem muito de cada indivíduo, da sua estrutura, de vivências, de predisposição genética, da forma e da intensidade das agressões. No entanto, todas as vítimas, sem exceção, sofrem com os ataques de bullying (em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agressões para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a superação do problema.
Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos; problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia,

homicídio e suicídio.

7. COMO PERCEBER QUANDO UMA CRIANÇA OU ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO BULLYING? QUAL O COMPORTAMENTO TÍPICO DESSES JOVENS?

As informações sobre o comportamento das vítimas devem incluir os diversos ambientes que elas frequentam. Nos casos de bullying é fundamental que os pais e os profissionais da escola atentem especialmente para os seguintes sinais:
Na Escola:
No recreio encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; e em casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em Casa:
Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjoo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola. Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva. Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.


8. E O CONTRÁRIO? O QUE SE PODE NOTAR NO COMPORTAMENTO DE UM PRATICANTE DE BULLYING?
Na escola os bullies (agressores) fazem brincadeiras de mau gosto, gozações, colocam apelidos pejorativos, difamam, ameaçam, constrangem e menosprezam alguns alunos. Furtam ou roubam dinheiro, lanches e pertences de outros estudantes. Costumam ser populares na escola e estão sempre enturmados. Divertem-se à custa do sofrimento alheio.
No ambiente doméstico, mantêm atitudes desafiadoras e agressivas em relação aos familiares.

São arrogantes no agir, no falar e no vestir, demonstrando superioridade. Manipulam pessoas para se safar das confusões em que se envolveram. Costumam voltar da escola com objetos ou dinheiro que não possuíam. Muitos agressores mentem, de forma convincente, negam as reclamações da escola, dos irmãos ou dos empregados domésticos.


9. O FENÔMENO BULLYING COMEÇA EM CASA?

Muitas vezes o fenômeno começa em casa. Entretanto, para que os filhos possam ser mais empáticos e possam agir com respeito ao próximo, é necessário primeiro a revisão do que ocorre dentro de casa. Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores. O exemplo dentro de casa é fundamental. O ensinamento de ética, solidariedade e altruísmo inicia ainda no berço e se estende para o âmbito escolar, onde as crianças e adolescentes passarão grande parte do seu tempo.


10. O BULLYING EXISTE MAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS OU NAS PARTICULARES?
Bullying existe em todas as escolas, o grande diferencial entre elas é a postura que cada uma tomará frente aos casos de bullying. Por incrível que pareça os estudos apontam para uma postura mais efetiva contra o bullying entre as escolas públicas, que já contam com uma orientação mais padronizada perante os casos (acionamento dos Conselhos Tutelares, Delegacias da Criança e do Adolescente etc.).


11. O ALUNO VÍTIMA DE BULLYING NORMALMENTE CONTA AOS PAIS E PROFESSORES O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
As vítimas de bullying se tornam reféns do jogo do poder instituído pelos agressores.

Raramente elas pedem ajuda às autoridades escolares ou aos pais. Agem assim, dominadas pela falsa crença de que essa postura é capaz de evitar possíveis retaliações dos agressores e por acreditarem que, ao sofrerem sozinhos e calados, pouparão seus pais da decepção de ter um filho frágil, covarde e não popular na escola.


12. QUAL É O PAPEL DA ESCOLA PARA EVITAR O BULLYING ESCOLAR?
A escola é corresponsável nos casos de bullying, pois é lá onde os comportamentos agressivos e transgressores se evidenciam ou se agravam na maioria das vezes. A direção da escola (como autoridade máxima da instituição) deve acionar os pais, os Conselhos Tutelares, os órgãos de proteção à criança e ao adolescente etc. Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão. Em situações que envolvam atos infracionais (ou ilícitos) a escola também tem o dever de fazer a ocorrência policial. Dessa forma, os fatos podem ser devidamente apurados pelas autoridades competentes e os culpados responsabilizados. Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil.


13. COMO É O BULLYING NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, EM COMPARAÇÃO A OUTRAS, DOS ESTADOS UNIDOS OU DA EUROPA? ALGUMA CARACTERÍSTICA ESPECÍFICA?
Em linhas gerais o bullying é um fenômeno universal e democrático, pois acontece em todas as partes do mundo onde existem relações humanas e onde a vida escolar faz parte do cotidiano dos jovens. Alguns países, no entanto, apresentam características peculiares na manifestação desse fenômeno: nos EUA, o bullying tende a apresentar-se de forma mais grave com casos de homicídios coletivos, e isso se deve à infeliz facilidade que os jovens americanos possuem de terem acesso as armas de fogo. Nos países da Europa, o bullying tende a se manifestar na forma de segregação social a até da xenofobia. No Brasil, observam-se manifestações semelhantes às dos demais países, mas com peculiaridades locais: o uso de violência com armas brancas ainda é maior que a exercida com armas de fogo, uma vez que o acesso a elas ainda é restrito a ambientes sociais dominados pelo narcotráfico. A violência na forma de descriminação e segregação aparece mais em escolas particulares de alto poder aquisitivo, onde os descendentes nordestinos, ainda que economicamente favorecidos, costumam sofrer discriminação em função de seus hábitos, sotaques ou expressões idiomáticas típicas. Por esses aspectos é necessário sempre analisar, de maneira individualizada, todos os comportamentos de bullying, pois as suas formas diversas podem sinalizar com mais precisão as possíveis ações para a redução dessas variadas expressões da violência entre estudantes.


14. QUAL A INFLUÊNCIA DA SOCIEDADE ATUAL NESTE TIPO DE COMPORTAMENTO?
O individualismo, cultura dos tempos modernos, propiciou essa prática, em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto, a educação tanto no lar quanto na escola se tornou rapidamente ultrapassada, confusa, sem parâmetros ou limites. Os pais passaram a ser permissivos em excesso e os filhos cada vez mais exigentes, egocêntricos. As crianças tendem a se comportar em sociedade de acordo com os modelos domésticos. Muitos deles não se preocupam com as regras sociais, não refletem sobre a necessidade delas no convívio coletivo e, nem sequer se preocupam com as consequências dos seus atos transgressores. Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais mais éticos e responsáveis. Afinal, são estes jovens que estão delineando o que a sociedade será daqui em diante. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, é obrigação de todos.


15. COMO OS PAIS E PROFESSORES PODEM AJUDAR AS VÍTIMAS DE BULLYING A SUPERAR O SOFRIMENTO?
A identificação precoce do bullying pelos responsáveis (pais e professores) é de suma importância. As crianças normalmente não relatam o sofrimento vivenciado na escola, por medo de represálias e por vergonha. A observação dos pais sobre o comportamento dos filhos é fundamental, bem como o diálogo franco entre eles. Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos.
Outro aspecto de valor inestimável é a percepção do talento inato desses jovens. Os adultos devem sempre estimulá-los e procurar métodos eficazes para que essas habilidades possam resgatar sua autoestima, bem como construir sua identidade social na forma de cidadania plena.
 


2010 Conselho Nacional de Justiça
Ministro Cezar Peluso, Presidente
Ministra Eliana Calmon, Corregedora Nacional de Justiça
Conselheiros Felipe Locke Cavalcanti
Ives Gandra
Jefferson Kravchychyn
Jorge Hélio
José Adonis Callou de Araújo Sá
Leomar Barros
Marcelo Neves

Marcelo Nobre
Milton Nobre
Morgana Richa
Nelson Tomaz Braga
Paulo Tamburini
Walter Nunes
Secretário-geral Fernando Marcondes

EXPEDIENTE
Porta-voz do CNJ Pedro Del Picchia
Assessor-chefe da Marcone Gonçalves
Comunicação Social do CNJ
Produção de texto Ana Beatriz Barbosa Silva
Médica psiquiatra, diretora técnica da Medicina do Comportamento SP e RJ, escritora e autora do livro “BULLYING: Mentes Perigosas nas Escolas”
Revisão Geysa Bigonha
Maria Deusirene
Fotos Gláucio Dettmar
Luiz Silveira
Projeto Gráfico Leandro Luna


Arte, Designer Divanir Junior
e Editoração Marcelo Gomes



quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ATUALIZANDO

A idéia deste blog era de mantê-lo sempre "em dia", com idéias próprias e contribuições.
Não tem sido possível.
Não que faltem idéias ou contribuições. Ao contrário, às vezes penso que poderia 'vender' idéias, pois as que tenho me sobram... sem falar nas contribuições de amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos. Chegam por e-mail, num encontro formal, informal, mesa de bar e tantas outras formas. Textos que leio e concordo, que leio e discordo, cenas que vejo, coisas que escuto. Situações das mais diversas que levam a cabeça, o pensamento a produzir em altíssima velocidade.
Aí me deparo com a minha maior dificuldade: TEMPO. Sua adequação, aproveitamento, utilização. Como se na medida que a vida avança o tempo encolhesse (o que em parte é real - na contagem inversa dos anos - quanto mais eu vivo menos anos pressupostamente eu terei para viver, até aí ok). Pois bem, só que falo de uma redução do dia que, de fato, já se tornou mais longo, visto que durmo cada vez menos horas, mas ainda assim segue curto para tudo o que há para fazer. Então, no atropelo do dia a dia, uma série de coisas vão ficando pelo caminho, para o "amanhã eu faço..." e como sempre tem um amanhã (ufah) e dá para respirar aliviada!! Afinal, sou o tipo de pessoa que acredita.
Acredito em sonhos, em possibilidades, em destino. Acredito nas pessoas, nas mudanças (sempre e em qualquer idade e situação). Que para tudo há uma solução e não me fale 'na morte', porque não raras vezes ela é sim a solução - tudo depende da forma como olhamos a situação, até porque, para mim, a morte não é o final, penso nela como mais um (re)começo, para quem vai e para quem fica. 
Acredito no amor, na fé independente de religiões, na gentileza como a mais poderosa das ferramentas para o nosso bem (con)viver aliado a humildade e empatia nas relações, sejam elas íntimas ou fortuitas, não importa, qualquer pessoa gosta de ser bem tratada e respeitada. Qualificar uma pessoa apartir de suas atitudes positivas, elogiar e agradecer opera verdadeiras transformações. Experimente, mas de coração aberto. Exercite, antes de tudo, o afeto. Faz bem a quem recebe, mas o maior beneficiado é sem dúvida, quem pratica.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A Fábula do Porco-espinho

mais uma contribuição!! 



Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.


Moral da História

O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Matéria da revista Science:

Criamos a realidade com os nossos pensamentos
(é longo, mas vale cada minuto)

Mais uma contribuição (de valor), também via mail, do amigo Emanuel Müller, Jornalista bastante conhecido em nossa região por suas matérias no Jornal Minuano/Bagé entre outras publicações em nossa cidade.

Mais uma vez, faço a introdução observando que cada vez me impressiona mais a sicronia do Universo quando estamos abertos para ela. Em tudo que peço sou atendida e AGRADEÇO A DEUS e ao Universo por isso e sempre e mais me disponho ao que há para ser feito. Então, assim como este texto chegou para mim, eu o encaminhei para outras pessoas que conheço e agora coloco-o aqui para que pessoas para quem eu não teria como encaminhar, mas que precisam acessá-lo, de alguma forma o encontre - através daquelas "COINCIDÊNCIAS" Divinas.
Os amigos, colegas, familiares, pacientes e ex-pacientes... bem, os que comigo convivem um pouco sabem e com certeza ao lerem este texto não deixarão de lembrar de fragmentos da minha fala... como:
- pensamento cria realidade e a palavra materializa...;
- zona de conforto versus o tamanho do prego...;
- somatizações, stress, construções de doenças...;
- resultados diferentes são proporcionais a mudanças de atitude...;
- decisões: se quero e me determino, eu faço... e
- a culpa e o hábito...
só para lembrar e não me estender muito!!
 O pesquisador Joe Dispenza estudou bioquímica na Universidade de New Brunswick (Nova Jersey) e fez doutorado em Quiropraxia na Life University, em Atlanta (Geórgia).

Salas lotadas em suas conferências na Europa e nos Estados Unidos onde ele explica de maneira fácil como podemos mudar.
Ele esclarece como é que os pensamentos provocam reações químicas que afetam a saúde e cria a realidade do indivíduo, ou seja, cada um cria a sua própria realidade a partir dos pensamentos. Ele estudou por décadas a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se adaptar a mudanças e alterar os circuitos de conexão de todos os neurônios.

Ele é um exemplo vivo de sua própria investigação sobre como o cérebro é o melhor de todos os computadores. Aos 24 anos ele sofreu um grave acidente que afetou sua vértebras torácicas. Previram que ele ia ficar a vida numa cadeira de rodas. Ee decidiu não fazer cirurgia, mas testar em si mesmo a capacidde de regeneração do seu próprio corpo. O co-autor do filme recorde de bilheteria Bleep Do We Know, que trata do poder de escolhermos, em junho realizou um workshop na Universidade de Barcelona, baseado em seu livro Desenvolva seu cérebro.

Entrevista:

Alguém discute com seu parceiro e termina com: "Eu sou assim mesmo, eu não posso mudar." O que você diria?

Isso não é verdade. Formam-se uma série de reações químicas no organismo que fazem você acreditar que não pode mudar, mas as evidências científicas mostram exatamente o contrário. Esqueça a idéia de que o cérebro é estático, rígido e imutável. Sim, nós podemos mudar a partir do nosso pensamento.


Como?

Mudando o pensamento. O disjuntor que provoca a mudança é a vontade, porque ela vai desencadear uma nova informação neural. Mudar é pensar de forma mais ampla, além de seu próprio ambiente. É se conectar a uma intenção real, a uma idéia que já existe no campo quântico de possibilidades. É acreditar nesse futuro, ainda que não seja percebido através dos sentidos físicos, mas que lá no fundo você enxerga uma possibilidade.



Por que é tão difícil mudar?

Porque reações emocionais são muito viciosas. Você pode dizer a si mesmo que não gosta de seu trabalho ou de seu relacionamento, que não gosta de qualquer coisa que você faz e tem em sua vida. Mas isso não é verdade, isso é apenas uma emoção que a mente tem memorizado para reafirmar a sua identidade; o ambiente que voê vive é o reflexo do que você tem em seu interior em termos de pensamento. Estas reações químicas alteram nossa percepção da realidade e impedem a entrada de quaisquer outras informações em nosso cérebro químico. Para mudarmos, devemos romper essa crença, deixar de acreditar nas coisas que te incomodam e passar a pensar sobre elas, e dizer: "isso não precisa ser assim, eu vou mudar isso tudo para a forma como eu gostaria que fosse". Pronto, comece a viver diferente e seu cérebro e a metilação no seu DNA vão responder ao comando que você deu a eles, mudando tudo em sua vida. O DNA pode mudar por um fenômeno chamado metilação, que é o comportamento e a expressão de um gen a partir de sua interação com o meio. Quando um gen age sob a metilação, você pode ter caracterísitcas genéticas novas, como é o caso de mudar seu pensamento e sua relação com tudo em sua volta, mudando seu entorno e sua vida; por outro lado, se a metilação ocorrer para atender um pensamento inapropriado, podem surgir doenças que não estavam em sua carga genética, expressando a metilação através de patologias para as quais você nem tem herança genética; quantas pessoas apresentam diabetes, hipertenção, Alzeheimer, fibromialgia, asma e nunca tiveram histórico familar dessas enfermidade? Inúmeras; a isso se chama metilação, que é uma característica genética advinda do teu sentimento em relação a si mesmo frente ao mundo. Sinta-se forte, poderoso, capaz, independente e então você o será, pois seus genes terão uma metilação de saúde sucesso e não de doenças e nem de fracassos ou dificuldades. Você é quem deve comandar e não ser comandado pelos gens.


Mas nem sempre é fácil para todos mudar os pensamentos (e você não precisa ser um destes que pensa assim). A primeira coisa a fazer é observar o que você pensa e relacionar esses pensamentos com o que ocorre em sua vida. Assim, você comprova e vê refletidos em sua vida quotidiana os efeitos que você criou com cada um dos seus pensamentos.


Por há medo de mudar?

Porque isso significa mover-se de uma situação confortável e previsível para uma outra ainda desconhecida. A maioria das pessoas sonham em realizar algo novo, mas não agem, e permanecem apenas com a idéia na cabeça, esperando cair do céu. Devemos pensar em algo bom e então fazer acontecer o que pensamos de bom para nós. Como podemos realizar novos projetos se nos apegamos ao que nos é mais familiar e vivemos com as ideias velhas fixas? Para experimentar algo novo, temos de assumir o risco e deixar o território do previsível para entramos no reino da incerteza. Quem planeja e vai em frente alcança o que quer, SEMPRE.


O que se deve mudar para criar uma nova vida?

Tem que se mudar não só o que se pensa e faz, mas também o sentimento realcionado a isso. Você não pode esperar acontecer algo diferente em sua vida se você tem os mesmos pensamentos velhos e faz as coisas com as mesmas emoções antigas dos outros dias. Ponha emoção nova em sua vida!


Se mudarmos a interpretação da nossa realidade, o nosso cérebro trabalhará com novas seqüências e padrões novos de conexões neurais. E isso é o que muda a mente porque a mente é o cérebro em ação.


A neurociência pode demonstrar que os pensamentos criam o caminho?

O modelo neurocientífico diz que podemos mudar a qualquer momento de nossas vidas. Mudamos o nosso cérebro com cada novo pensamento, com cada nova experiência, com cada sonho que perseguimos. O ingrediente principal é a informação, o conhecimento. Toda vez que aprendemos algo novo nós adicionamos uma nova conexão no cérebro (aumentamos seu poder de processamento e a velocidade das conexões).


Como podemos ensinar as crianças a não serem pessoas fixas mas sim a viverem acreditando e realizando mudanças?

O primeiro é ensinar-lhes a inteligência emocional, ensinando elas a controlar suas emoções e dizer que as emoções são o que somos. Em segundo lugar, não devemos ensinar alguma coisa que não somos capazes de fazer. As crianças prestam mais atenção ao que fazemos do que naquilo que dizemos, porque elas têm mais ativos no cérebro um tipo de neurônios chamados neurônios-espelho, que levam as crianças a copiarem o que fazemos.


Se você quer concordar com a mudança, mostra o quanto versátil você é, e assim elas serão independentes. Terceiro, não tente argumentar com as crianças durante uma reação emocional delas, porque você será deixado sozinho por elas. Você deve permitir sua liberdade de reação e fazê-las saber que elas estão sendo observadas. Só depois de um tempo você deve conversar sobre o que elas podem mudar em si mesmas e também você deve criar o ambiente para que elas possam começar a ver quem elas são, sem julgar-lhes. Então você pode lhes perguntar o que elas fariam de diferente se viveram a mesma experiência de novo. Dessa forma, elas começam a mudar sua mente e seu corpo muito além da experiência atual. E passam a ter confiança para começarem a expandir seu próprio potencial e realizarem mudanças em sua mente e em suas vidas.


A cada momento vivemos o que criamos com nossos pensamentos?

Definitivamente sim. Nós somos os criadores de nossas realidades. O problema é que na maioria das vezes são os nossos pensamentos inconscientes que criam essa realidade. São programas executados sem a nossa consciência tomar conhecimento. Estes programas (condicionamentos) imprimem em nosso cérebro certos comportamentos, pensamentos e reações emocionais mecanizadas, como se fôssemos robotizados e programados para reagirmos sempre da mesma forma; mesmo que nos arrependamos do que fizemos, vamos repetir novamente o erro diante de uma emoção desregulada (veja o caso do ciume, do medo infundado, da ira desgovernada e da timidez desnecessária que levam as pessoas a permanecerem repetindo e se arrependendo da mesma atitude; são pessoas que não percebem que agem de forma robotizada). Estas são aquelas pessoas que aceitam deixar a química os comandarem para agirem sempre da mesma maneira.


Mas ninguém quer viver uma doença ou um acidente, por exemplo.

Mesmo que esse alguém não crie esse acidente ou doença conscientemente, é provável que inconscientemente, ao pensar quão ruim é sua vida e o quanto está sofrendo, ou como se sente triste e quanta dor tem dentro de sí... crie em seu subconsciente, um reforço para as emoções de dor e sofrimento, e isso se reflete no exterior, em sua vida, através de um acidente ou de uma doença. Há algo muito importante: nunca devemos culpar a nós mesmos por nossas criações, pois tudo é aprendizado. A culpa nos deixa pior. Nunca se culpe, procure fazer melhor nas outras oportunidades.


A chave é mudar o estado emocional...

As emoções são experiências que o corpo armazena. Se uma pessoa está vivendo com as mesmas emoções todos os dias, é que nada de novo está acontecendo. O organismo acredita que está vivendo a mesma experiência ao longo do dia. A permanência da pessoa neste mesmo ciclo condiciona o corpo a estar lendo o passado ao invés de ler o momento presente, e as pessoas, com seus pensamentos fixos, sempre retorna para o passado, porque a emoção está ligada ao passado (veja o caso de pessoas que estão todos os dias com os mesmos problemas, seja de saúde, social ou financeiro). Quando uma pessoa quer mudar e tenta pensar em um novo presente, suas emoções impreganadas por anos querem levá-la de volta ao passado. Por isso é tão importante mudarmos o nosso estado emocional e já ir tendo novas atitudes e confiar que fará tudo de acordo com o bem planejado intento novo.


As doenças, as crises, as perdas devem ser vistas como um trampolim para a mudança?

Esses traumas e tais crises são, na verdade, um catalisador para a mudança. A maioria das pessoas requerem um estado de sofrimento para decidirem uma mudança. Mas também podemos mudar para um estado de bem-estar e alegria através do processo de sonhar uma nova vida, sem precisarmos de sofrer. Quem conhece, faz, e não espera cair do céu, de lá só cai chuva.....risos). O nosso destino não está escrito nos genes. Nós criamos nosso destino através dos nossos pensamentos e ações.


Qual é o maior fator de desencadeamento da doença?

Entre 75% e 90% dos ocidentais vão ao médico devido stress emocional. São emoções que se escondem atrás do estresse mas que são na verdade a raiva, a frustração, o ódio, o julgamento, a dor, o sofrimento, a culpa, o desespero, o medo, a ansiedade, a impotência e a insegurança não analisados pela pessoa que os sente... Se você estiver enfrentando um desafio, o corpo cria uma série de reações químicas para mobilizar esta energia. Essencialmente, os pensamentos e emoções podem nos adoecer, mas se podem nos fazer mal, podem também nos curar.


Os seres humanos sabem que querem mudar, mas muitas vezes não têm evidências do que eles querem ser ou fazer.

That's right (está certo). Quando você não sabe o que você quer ser ou fazer, você deve primeiro decidir o que não quer ser para sempre, e pense no que não quer sentir e como não quer agir e também no que não quer pensar repetidamente. Você deve começar a criar e reinventar a si mesmo, quebrar o hábito antigo e reaprender. O pensamento positivo não é suficiente, você tem que ir dentro de si mesmo e começar a desconstruir o hábito velho.


Vou dar um exemplo: você quer ser advogado, mas não tem dinheiro para pagar a faculdade e por isso não presta vestibular, pois acha que não dará conta. Isso é um hábito velho: pensar na sua incapacidade. Para criar um hábito novo você deve experimentar fazer! Faça o seguinte: se matricule na faculdade de direito, inicie o curso e vá em frente sem medos e receios, tenha apenas a intenção ardenrte de fazer e concluir seu curso (ou comprar sua casa, seu carro...). O dinheiro vai aparecendo, porque quando a gente quer, a coisa acontece. Já vi milhares de pessoas de origem humilde, filhos de lavradores, lavadeiras, domésticas e braçais se transformarem em grandes médicos, engenheiros, artistas, simplesmente porque iniciou fazer o que queria e o Universo vai dando os recursos para que o objetivo seja concretizado. Experimente começar a fazer algo e você verá que concluirá com louvor. Parabéns!


Você teve um acidente muito grave em sua juventude, e os médicos disseram-lhe que não voltaria a andar. Por que você criou esse acidente e como o venceu?

Aos meus 24 anos vivia uma vida de sucesso que eu pensava estar completa. O acidente foi provavelmente uma das maiores bênçãos da minha vida, porque me levaram a reavaliar meus valores e começar a pensar sobre as minhas prioridades. Quando você fratura gravemente seis vértebras espinhais e tem fragmentos ósseos dentro da medula espinhal e quatro médicos dizem que você nunca vai andar de novo, você não vive mais uma vida normal. Eu vim a entender os princípios universais, que antes me pareciam pura teoria filosófica.


Me aconselharam a operar, mas decidi não fazê-lo e sim experimentar o que eu sentia, ser coerente com o meu pensamento. Eu acreditei que o poder que cria o corpo, também cura o corpo, a base da filosofia e da quiroterapia. Há uma inteligência em cada ser humano que lhe dá a vida e o funcionamento biológico, e eu me conectei com esse entendimento em todos os momentos, fazendo nada mais do que dedicar-me á minha própria cura. Eu não poderia imaginar minha vida com ferros nas costas e viver sempre com drogas medicamentosas. Eu queria dar a essa inteligência um plano muito específico e que ela iria fazer o melhor para mim. Os átomos não são nada em 99,999% de sí; eles não são nada material, mas são apenas uma potência energética. Essa inteligência energética, que é o átomo, organiza tudo. Quando eu comecei a notar mudanças no meu corpo, mudanças físicas, eu prestei muita atenção no que ocorria nele, e então, com minha mente, eu repeti isso até que a repetição deste processo começou a curar mais ainda o meu corpo.


A repetição é a base para criarmos nossa realidade melhor?

A grandeza é acreditar nesse futuro que existe além dos nossos sentidos físicos e mantê-lo vivo em nossas mentes até que o evento realmente aconteça. Nós não criamos as coisas, porque não acreditamos que podemos fazê-lo! As pessoas não percebem que os pensamentos produzem imensos efeitos em suas vidas (é o que nos mostram os bósons, partiículas subatômicas que se alteram pelo pensamento de alguém). Elas até podem ter alguns pensamentos ligados a um estado elevado de emoção, mas só por uns15 minutos por dia! Então se perguntam: "Porque a mudança ainda não aconteceu?". É porque nas outras 23 horas e 45 minutos, sua mente está vagando em todas as outras direções: estão irritadas, negativas, julgando os outros. Para agirmos sobre a realidade temos que chegar a estados superiores de consciência e deixar vir as emoções nutitivas, como a gratidão, a alegria, a apreciação e a valorização das coisas. A dificuldade é como chegar a esse ponto, porque a mente analítica vai dizer: "Por que eu deveria dar graças ou ser feliz se não estou ainda?". Esse é o velho modelo de pensamento. Muitas pessoas, secretamente, crêem em seu próprio poder, mas nunca escavam a fundoo para saberem realmente o que querem.; e quando sabem, não iniciam realizar. Aja, vá em busca, comece a fazer. Se você quer um carro, vá na concessionária e converse como pode comprar; se queres uma casa ou apartamento, vá na imobiliária. É assim que se cria: iniciando fazer. Nada cai do céu!


Você aconselha a meditação (sentir seu EU) neste processo?

A meditação é o primeiro passo para trazer a mudança. É uma técnica ensinada a observar os pensamentos e acalmar a mente. Te leva a entender onde você está e mudar a ti mesmo, porque muda a relação entre mente e corpo. Nesse estado de ser, onde só há consciência, estamos produzindo um campo eletromagnético que afeta a mudança. Depois de meditar é impossível ter mau humor. A meditação é enxergar a você mesmo; podemos meditar até mesmo dirigindo.

Qual o efeito que o silêncio mental cria nas células?

O lobo frontal do cérebro (terceiro olho) é a mais moderna porção do nosso sistema nervoso. Quando nossa mente superior controla nossa parte primitiva, o cérebro muda fisiologicamente. Nas experiências com os monges budistas meditando, foi confirmado que os lobos frontais realiza esse controle sobre o cérebro animal e acalma as outras regiões deler, resfria as células do cérebro que têm a ver com o tempo e o espaço, com o corpo e nossa identidade. Portanto, nada é processado nesse momento. Chamamos isso de paz. Através do silêncio deixamos de ser alguém com opiniões ou julgamentos e passamos a ser um campo quântico harmônico. Na atualidade, a maioria da humanidade está disposta a alcançar este domínio e o busca.


Se o mundo é um reflexo do que acontece com as pessoas, poderia se dizer que os seres humanos estão vivendo uma revolução a nível celular?

Estamos em um momento na história da humanidade em que a mudança tem que acontecer. Mas para acontecer algo novo, o velho deve morrer. Muitos paradigmas estão obsoletos e ultrapassados: os modelos políticos, econômicos, ambientais, religiosos e de saúde ... O ser humano deve começar a fazer perguntas mais importantes e parar de acreditar em superestruturas politicas e super-heróis religiosos (Papai-Noel, e bons anjos ou santos não virão deixar nada debaixo de tua cama. Quem deixa presentes debaixo da cama são os pais, entenda isso)... É tempo das pessoas serem donas de si mesmas e não entregarem mais seus destinos nas mãos de lideres religiosos, politicos, governantes ou quem quer que seja. Quem espera, perde o tempo. Controle você mesmo o tempo, faça acontecer na hora em que você bem quizer.


Por falta de liderança política é que estão a perpetuar as velhas estruturas?

As emoções que a maioria de nós temos e que criam estas situações de egoísmo que falamos, infelizmente são as mesmas que têm os nossos líderes. Você não pode dar a "paz so senhor" em uma igreja e depois sair pisando nos outros devido a pressa de sair porque você está impaciente. Esta é uma típica oposição entre mente e corpo, não há coerência entre o que você diz, o que você faz e o que você pensa.


Se há uma idéia comum, uma rede de pensamento em que todas as pessoas estão unidas, estes pensamentos podem criar novos líderes?

A substância que une as células e todo o universo é o respeito e a gratidão. Em um neurônio se pode observar como uma certa quantidade dessa substância desconecta velhos padrões de pensamento. É quando começamos a tomar as decisões que consideram o todo. Primeiro você tem que sentir amor por si mesmo e, consequentemente, nós amamos todo o resto. Se não gostamos de certas coisas, devemos eliminá-las antes de tudo de nós mesmos.


É possível que a atual crise se materialize porque muitas mentes criou com seus pensamentos?

Como cientista, eu digo sim, obviamente! A crise tem sido criada nas mentes de todos os povos.


Como é o cérebro de um homem consciente?

Você terá muito mais conexões sinápticas se comunicando umas com as outras sobre as informações que contêm os neurônios. Vamos ver o cérebro funcionando de uma forma mais coerente de pensar, com transmissões neurológicas muito mais rápidas. O lóbulo frontal estará inteiramente conectado com o subconsciente, e teremos neurotransmissores seqüenciados desde a glândula pineal, que irá melhorar a nossa percepção da realidade. Talvez algumas pessoas estão à beira de uma mudança potencial em seu cérebro. Tudo o que sabemos é que você não pode esperar para que a mudança ocorra. Você tem que agir sobre ela. Deus não escolhe nada, você é quem cria e escolhe a sua reliade. Se você esperar cair do céu, vai continuar do jeito que está: ESPERANDO.