por: Sílvia Vargas
02/12/2008 - SAÚDE
Final de ano e stress
Estamos chegando a mais um ano novo e desconheço pessoa que não avalie o ano que está terminando. Independente da forma.
Alguém que não revise ou repense quais haviam sido suas propostas para o ano de 2008.
E então? Você também conhece? Pois é... Ano Novo... e lá vamos nós, começar tudo de novo...
PÁRA! Nada disso, sem essa de fazer ou re-fazer propostas, compromissos do tipo: em 2009 vou fazer exercícios, academia; a partir do ano novo vou começar uma dieta, perder peso; ano que vem, vou passar mais tempo com a família, com os amigos. Sem citar outras bem mais difíceis de darmos conta e que vão deixando-nos arrasados à medida que o ano vai passando e que não colocamos em prática.
O que acontece? Vira o ano, passam os primeiros dias, os próximos, as semanas, o mês, e o que eu me digo? Depois do carnaval eu começo ou quando acabarem as férias (e o tempo passa tão rápido) e como eu me sinto?
Está sim é a pergunta que vale fazer.
Como estou me sentindo agora que este ano está terminando???
E a resposta que mais escutamos: estressados.
Esta é a palavra que resume tudo para a maioria das pessoas no vocabulário moderno: stress – e resume mesmo. E não importa qual seja a condição de vida, a classe socioeconômica ou cultural. O stress atinge qualquer um. Pelo ritmo de vida que se acelera a cada ano, pelos problemas com o trabalho, com a empresa, com a família, sem falar nas perdas que por vezes sofremos. Cada um sabe, como diz à cultura popular, aonde aperta o sapato.
E por isso o Novo Ano é tão esperado e bem vindo.
No Ano Novo é como se, de uma maneira mágica, deixássemos algumas “dores” para trás e mais uma vez nos vemos falando: Este ano vai ser diferente.
Esta é a expressão mais pura e real do nosso desejo. Em quantos inícios de ano já dissemos isso? E que bom, pois o desejo move a vida.
Faço então um convite para pensarmos juntos: porque ao longo do ano tudo vai, mais uma vez, ficando igual? Por quê? Por que nós temos o que podemos chamar de um sistema de funcionamento pessoal único, porém alimentado pelo nosso meio, pela estrutura dos ambientes familiares, escolares e profissionais em que estamos inseridos, onde vivemos. Atitudes iguais levam aos mesmos resultados e mudar hábitos de uma vida não é tão simples para se fazer sozinho.
O desejo é sem dúvida o imprescindível primeiro passo para a mudança, visto que somos seres que viemos para está vida equipados emocional e intelectualmente para estarmos em constante crescimento, transformação, evolução e qualificação. O segundo passo é conseguir largar pelo caminho o “saco de culpa” que arrastamos vida afora. A culpa pelo que fizemos ou pelo que deixamos de fazer nada mais é do que um peso que atrasa nossa jornada, baixa nossa auto-estima, e nos desmobiliza a uma próxima tentativa. E, por fim, o terceiro passo: aventurar-se. O risco causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo. Aventurar-se é uma das formas de tomar consciência de si próprio, de expandir limites.
Tudo o que aconteceu em nossas vidas ao longo dos anos nos serve como experiência. Por mais que saibamos nossa história não podemos mudar o passado. Também não sabemos o que nos reserva o futuro, mas é sobre ele que temos autonomia. De certa forma, a vida é sempre “daqui para frente”. Para 2009 prometa-se apenas fazer diferente, buscar por outras formas. Olhar a vida por outros ângulos. Mudanças não necessitam de um novo ano, podem iniciar a qualquer dia, a qualquer momento, só precisam de uma decisão.
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